Sunday, July 23, 2006

Adolescência

Hoje vou começar a inserir aqui alguns poemas, mais pensamentos de uma adolescente...
Encontrei-os esquecidos numa gaveta e quando os reli ri-me!! Nessa época os jovens dramatizam tanto a vida, como se o mundo fosse acabar no dia seguinte!! Eu também fui assim...

"Maldita ingenuidade,
Ai! como eu te odeio
Quebraste a minha seriedade
Apartaste tudo em que creio!!

Sonhar, pensar e acreditar
Relutância e cedimento
Alegria de momento
Agonia pelo tormento

Estupidez imbecil
Maturidade pueril
Reflexão sem exaustão

Não quero fraquejar
Prefiro ocultar...
E olhar o futuro, esquecer o passado"

- De facto... Não sei porque algum dia escrevi isto, nem faz sentido!

"O tortuoso caminho da dor
Me enlutou o coração
O meu rosto perdeu a cor
A minha vida perdeu a razão

Despida de alegrias
Minha alma gela nas tristezas
Com imensas certezas
De cegas paixões sombrias

Meu ser envolto na penumbra
Colmatou o meu amor puro
Nas trevas da sombra

Eu sei, oh paixão indolente
Que (ai tristeza) tracei minha sepultura
Que acalmará a dor fervente"

- Bom, este exagero doentio valeu-me a comparação com Bocage! A professora que mo disse quis ser simpática :)
Eu rio-me e tento lembrar-me da altura em que escrevi isto...

Tuesday, July 04, 2006

Contemplar

Hoje é daqueles dias em que apetece-me sentar junto ao rio e ficar a contemplá-lo.
Quando olhamos a sua superfície parece tão calmo, no entanto no seu interior muitas correntes se cruzam.
Espero sempre que o rio me aconselhe (como se isso fosse possível!). Ainda assim, gosto de inventar que o rio fala comigo, tal como o grilo do "Pinóquio". Assim sinto-me acompanhada.
Quando era criança estava sempre em contacto com a natureza, à medida que fui crescendo esqueci-me de como é bom sentir apenas a natureza, não pensar em mais nada. Olhar para cada traço perfeito de uma árvore, de uma flor silvestre, cheirar o alecrim, correr pela serra, subir às árvores... Ainda oiço a minha avó "Não subas muito alto, aleijas-te!".
Queremos tanto crescer para depois voltarmos a querer ser crianças, livres e puras.
Eu quero manter o equilíbrio!