Wednesday, October 24, 2007

Regresso...

Olá, voltei após um longo período sem letras. Foi um período, na primeira fase, apático, nem vontade tinha para escrever. Na segunda fase, foi mesmo falta de tempo.
Após algum tempo no desemprego, lá arranjei a meio de Agosto uma espécie de trabalho. E digo espécie, porque é vergonhosa a quantidade de trabalhos precários, nos quais tem que se trabalhar muito e receber o ordenado mínimo.
É essa a realidade dos call-center em Portugal, eu ainda pensei que por ser PT Contact houvesse algumas diferenças para melhor. Qual não é o meu espanto quando reparo que afinal essas diferenças existem, mas para pior. Com falhas a todos os níveis, desde estarmos a trabalhar há quase dois meses e não termos o material de trabalho necessário, ou seja, as aplicações informáticas que nos permitem dar a tal resposta eficaz e correcta ao cliente.
Afinal, faz-se tanta publicidade sobre as linhas de apoio aos clientes e vai-se a ver são linhas com imensas falhas.
Os clientes contactavam-nos furiosos, na maior parte das vezes extremamente mal-educados e infelizmente, tenho que constatar que tinham razão.
Nesse espaço de tempo apercebi-me o quão mal a PT, em geral, trata os seus clientes. Basicamente é tudo feito às sete pancadas e, claro, se os clientes protestarem, as chefias sempre têm os "ursos" dos call-center para levar com as reclamações fruto do trabalho mal-feito.
Com tudo isto e, embora, reconheça que muitos clientes tinham razão, pude analisar através desses contactos telefónicos, o retrato deste país. Como é que um país pode evoluir se as pessoas que nele habitam não têm o mínimo de civilização, estão dispostas a berrar com a primeira pessoa que surge disponível para as ouvir, mesmo em consciência sabendo que essa pessoa não tem culpa e que só a quer ajudar.
Claro que nessas condições, qualquer pessoa fica fora de si.
Com esta experiência, tirei a seguinte conclusão: o estado do país é uma consequência da má formação e falta de civismo das pessoas.
Desta forma, não vamos sair da cepa torta.

Friday, May 04, 2007

Uma palavra estranha que é saudade

Começou a contagem decrescente para a conclusão do meu estágio. Alguns colegas já foram embora, outros ainda hão-de ir.
É uma sensação estranha chegar aqui, ao local de trabalho, e saber que já não vamos encontrar aqueles rostos familiares com quem criámos laços ao longo de um ano.
Eu, que nunca fui de me ligar muito às pessoas, desta vez sinto saudades. Saudades da companhia, da amizade, das conversas triviais e, até das rabugices.
Alguém já disse muitas vezes que a vida é mesmo assim e, embora, saibamos que as coisas seguirão esse caminho, porque é o ritmo natural da vida, nem sempre queremos admitir o que, mais cedo ou mais tarde, acontecerá.
Não sei se é da idade, :D, mas começo a sentir saudades de muitas coisas e com maior frequência.

Tuesday, March 20, 2007

Máscara

Hoje, neste preciso momento, ao som de Rodrigo Leão, deambulo entre os meus pensamentos.
Neste momento penso como as pessoas são capazes de nos desiludir de um momento para outro e com tanta rapidez. Posso considerar que uma pessoa que tinha em grande consideração atirou por terra toda a admiração que nutria por ela.
Como nos podemos enganar tanto acerca de uma pessoa?!
A pessoa em causa tinha toda a minha admiração e muito mais e, agora, não passa de uma nulidade. Um perfeito disparate quase tê-la considerado um ser humano cheio de qualidades.
Quando menos esperamos o lado negro surge. Mais uma prova de que ninguém é perfeito, mais uma prova da capacidade constante das pessoas em desapontar-nos. Mais uma prova de que somos humanos.
Só lamento a máscara que usaste durante tanto tempo. Ou eu não consegui enxergar de imediato.

Wednesday, January 24, 2007

Há uns anos...

A letra da música já tem alguns anos...
Foi ao som dos Delfins que vivi a minha adolescência e destaco a música que me deu força sempre que estava triste.

"Um lugar ao sol"

Se souberes adormecer com o dia no olhar
O teu sonho viverás
E ao chegar o amanhecer
Não terás que aceitar
Entrar no jogo a perder

Para procurar um lugar
um lugar ao sol sempre teu
sei que é um sonho e não pertence a mais ninguém

O teu lugar ao sol

Se souberes acreditar
que sonhar é só viver
e viver imaginar

Vais conquistar um lugar
um lugar ao sol sempre teu
sei que é um sonho e não pertence a mais ninguém
o teu lugar ao sol

Não pares de lutar
agarra o dia ao nascer
há uma batalha a travar
que só tu podes vencer...
só tu podes vencer

Um lugar ao sol
assim que o dia nascer
o teu lugar ao sol

Monday, January 22, 2007

Não quero perder-vos

Ultimamente penso com frequência em morte. Não sei porquê! Apenas fico aterrorizada só de pensar que perderei alguém que amo.
Curiosamente, este pensamento ficou mais forte quando há dias li que em 2100 é provável que a água seja um bem raro no nosso país. Estamos a fazer tudo errado, não lutamos para que haja um desenvolvimento sustentável.
Após esse pensamento comecei a divagar, demasiado até!
Claro que, nessa data já não estarei neste mundo. E até desaparecer deste mundo terei que, inevitavelmente, perder pessoas que são importantes para mim. E conceber a ideia de estar cá (na terra) sem elas, já sinto uma dor terrível que me tortura.
Não acredito em ciências ocultas, mas neste momento quero desejar, com toda a força que tenho, que voltarei a encontrar essas pessoas que amo noutra vida e, até mesmo, que gostaria de poder amar outras e que por motivos existentes nesta vida não é possível.
Como se supera o vazio que a morte causa?
Até agora, nunca perdi um ente querido, mas já sinto um vazio só de pensar...
Não quero pensar.
Pensar, por vezes, faz mal.